Para Ele, adapto J. Donne. Se tal posso.
“Ausência, escuta o meu protesto
Contra a tua força,
Distância e duração;
Para os corações constantes
Ausência é presença;
O tempo espera.
Meus sentidos querem seu movimento para fora,
Os quais, agora dentro,
A razão vence,
Redobrada pela secreta imagem dela;
Tal como os ricos que sentem prazer
Mais em esconder que em manipular tesouros.
Pela ausência este bom recurso ganhei:
Que posso alcançá-la
Onde ninguém a pode ver,
Em algum recanto fechado do meu cérebro:
Ali a abraço e a beijo;
E assim apreciá-la, e ninguém sente falta dela.”
&
Present in Absence – John Donne (1573–1631)
Absence, hear thou my protestation
Against thy strength,
Distance and length;
To hearts that cannot vary
Absence is presence;
Time doth tarry.
My senses want their outward motion,
Which now within
Reason doth win,
Redoubled by her secret notion;
Like rich men take pleasure
In hiding more than handling treasure.
By absence this good means I gain,
That I can catch her
Where none can watch her,
In some close comer of my brain:
There I embrace and kiss her,
And so I both enjoy and miss her.